A GUERRILHA GALEGA
A guerrilha foi uma das formas de resistência
utilizada para combater o regime fascista do general Franco. Sabemos que ela passou a existir
desde o início da Guerra Civil. A partir de 1940, quando havia alta
repressão com fuzilamentos e “passeios”, ela aparece mais claramente de
forma sempre crescente até 1956.
Documentos acusam a criação da “Federación de
Guerrillas de Leon-Galicia” em 1946, quando o guerrilheiro anarquista
Abelardo Gutiérrez Alba se juntou a Xosé Castro Veiga, o famoso Piloto.
Guerrilheiros
famosos construíram a mítica de toda essa época: Loucelas, fuzilado em
1951; Piloto, morto em 1965 e Curuxas, morto em 1967 no último episódio
da guerrilha.
Mais de 10.000 pessoas foram presas ou mortas em
episódios relacionados com a guerrilha na Galícia, muitos pelo método do
passeio noturno, fuzilamento e enterro em valas comuns clandestinas. No
total, somando passeios, execuções por Conselhos de Guerra,
fuzilamentos sumários de prisioneiros de guerra e confrontos com a
guerrilha, causaram 197.000 mortes na Galícia e mais 200.000 fugitivos
exilados no exterior. Existiram vários campos de concentração onde os
prisioneiros trabalhavam em regime de escravidão: Lubián; Barvacolla em
Santiago de Compostela e Ilha de São Simão em Vigo.
Diferentemente
de outras regiões, na Galícia são encontrados poucos corpos nas valas
localizadas, numa média de cinco por local, enquanto que em outras
regiões chegam a 40. Há também grande dispersão de locais de
enterramento, que ficam distantes entre si.
Os mortos durante a
Guerra Civil na Espanha ultrapassaram os 400.000. Os mortos durante o
regime de Franco no país ultrapassaram os 2.000.000.
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