sábado, 17 de dezembro de 2016

A ação da Federação de Guerrilhas Anarquistas de Leon-Galicia

A GUERRILHA GALEGA

A guerrilha foi uma das formas de resistência utilizada para combater o regime fascista do general Franco. Sabemos que ela passou a existir desde o início da Guerra Civil. A partir de 1940, quando havia alta repressão com fuzilamentos e “passeios”, ela aparece mais claramente de forma sempre crescente até 1956.

Documentos acusam a criação da “Federación de Guerrillas de Leon-Galicia” em 1946, quando o guerrilheiro anarquista Abelardo Gutiérrez Alba se juntou a Xosé Castro Veiga, o famoso Piloto.

Guerrilheiros famosos construíram a mítica de toda essa época: Loucelas, fuzilado em 1951; Piloto, morto em 1965 e Curuxas, morto em 1967 no último episódio da guerrilha.

Mais de 10.000 pessoas foram presas ou mortas em episódios relacionados com a guerrilha na Galícia, muitos pelo método do passeio noturno, fuzilamento e enterro em valas comuns clandestinas. No total, somando passeios, execuções por Conselhos de Guerra, fuzilamentos sumários de prisioneiros de guerra e confrontos com a guerrilha, causaram 197.000 mortes na Galícia e mais 200.000 fugitivos exilados no exterior. Existiram vários campos de concentração onde os prisioneiros trabalhavam em regime de escravidão: Lubián; Barvacolla em Santiago de Compostela e Ilha de São Simão em Vigo.

Diferentemente de outras regiões, na Galícia são encontrados poucos corpos nas valas localizadas, numa média de cinco por local, enquanto que em outras regiões chegam a 40. Há também grande dispersão de locais de enterramento, que ficam distantes entre si.

Os mortos durante a Guerra Civil na Espanha ultrapassaram os 400.000. Os mortos durante o regime de Franco no país ultrapassaram os 2.000.000.

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